quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ayrá - Parte 1

Xangô Airá, normalmente confundido com Xangô, na verdade é um orixá
próprio, que pertence à família de Xangô em Oyó, Nigéria. Este orixá
veste-se de branco, tem profundas ligações com Oxalá, e é o grande
homenageado durante a festa do fogo (Isire Ina Ayra) que, no Brasil,
comemora-se em 29 de junho.
Airá não usa coroa, mas um eketé branco. Suas comidas votivas não são
temperadas com dendê, e sim com banha de ori africana. Come quiabos, assim
como Xangô e toda a sua família.
Segundo os mitos, Oxalá permaneceu injustamente preso durante sete anos no
reino de seu filho, Xangô, sem que este soubesse do fato. Grandes
calamidades ocorreram em todo o reino devido a essa injustiça e quando
Xangô finalmente descobriu o que havia acontecido com o próprio pai,
resgatou-o da prisão e ordenou que fossem organizadas grandes festas em
todo o reino, em sua homenagem. A festividade conhecida hoje como "Águas
de Oxalá" remonta a esse acontecimento.
No entanto, Oxalá estava muito alquebrado, ferido e entristecido. Apesar
de toda a atenção que recebeu, a única coisa que desejava era retornar ao
seu próprio reino, em Ifé, onde Yemanjá, sua esposa, o aguardava. Xangô
não podia acompanhá-lo pois precisava colocar em ordem o próprio reino e
pediu a Airá que fizesse isso em seu lugar.
Foi assim que Airá tornou-se o companheiro de Oxalá, pois a viagem foi
muito longa já que Oxalá andava muito devagar pelo fato de ainda estar se
recuperando dos ferimentos que adquirira durante os sete anos de prisão.
Durante o dia, eles caminhavam. À noite, Oxalá sentia frio e precisava
descansar. Para aquecê-lo e distraí-lo dos próprios pensamentos, Airá
mandava que acendessem uma grande fogueira no acampamento. Oxalá observava
o fogo e Airá passava longas horas contando-lhe histórias do povo de Oyó.
Desse modo, tornou-se tradição acender a fogueira no dia 29 de junho de
cada ano (no Brasil), em homenagem a Airá e à viagem que fez em companhia
de Oxalá.

Rivalidade entre Orunmilá e Ossain - Lenda

Orunmilá (Elerin Ipin),
o testemunho do destino dos seres humanos,
está precisando de um criado.
Ele vai ao mercado e,
entre os escravos que estão a venda,
ele escolhe Ossain.
Manda-o desmatar o campo para novas plantações.
Entretanto, para desespero de Orunmilá,
Ossain volta à noite, sem ter cumprido sua ordem.
Orunmilá lhe pergunta por que ele nada fez.
Ossain lhe responde:
'Todas estas plantas, estas folhas e estas ervas têm virtudes.
Elas não podem ser destruídas.
Esta folha, por exemplo, acalma as dores de dentes;
estra outra, protege contra os efeitos de trabalhos maléficos;
esta outra, ainda, cura a febre.
Impossível, em verdade, arrancar plantas tão necessárias à saúde e a felicidade!'
Orunmilá impressionado, decide que Ossain deverá,
a partir de então, permanecer ao seu lado durante as sessões de advinhação, para guiá-lo na escolha dos remédios que deverá prescrever a seus consulentes.
Uma surda rivalidade se estabelece, pouco a pouco entre esses deuses. Ossain, fofrendo por ser mantido em submissão, vagloriava-se de ser mais importante que Orunmilá, pois ele possuía o poder da magia mortal e dos medicamentos que preparava.
Ossain chegou a declarar ao rei Ajalayé
que ele viera ao mundo antes de Orunmilá e,
sendo mais antigo, tinha direito ao seu respeito.
O rei Ajalayé envia, então, uma mensagem a Orunmilá.
Ele quer saber, entre ele e Ossain, qual o mais importante dos dois. Orunmilá responde ser ele mais antigo que Ossain.
O rei decide submetê-los a uma prova.
Ele os convoca, acompanhado de seus primogênitos.
Orunmilá chega com seu filho chamado Sacrifício.
Ossain apresenta-se com o seu, chamado Remédio.
Os dois serão enterrados durante sete dias.
Aquele que sobreviver à provação e responder primeiro com uma voz clara e forte, ao chamado que será feito, no fim do último dia, verá seu pai ser declarado vencedor.
Duas covas foram abertas.
Sacrifício e Remédio foram colocados dentro e as covas foram fechadas.
Orunmilá, voltando para casa, consultou Ifá.
'Meu filho estará ainda vivo, passados os sete dias?'
Ifá aconselhou-o a oferecer muito ekuru - um prato saboroso, bolo de feijão, pimenta, um galo, um bode, um pombo, um coelho e dezesseis búzios da costa.
Orunmilá preparou a oferenda. Ela foi colocada em quatro lugares: na estrada, numa encruzilhada, diante de Exu e no mercado. Exu exerceu seu poder sobre o coelho sacrificado.
Este ressuscitou e cavou um buraco que foi terminar na cova de Sacrifício, o filho de Orunmilá.
Assim o coelho levou alimento pra ele.
Remédio, o filho de Ossain, nada tinha para comer.
Mas ele possuía alguns talismãs que agiam sobre a terra e permitiram-lhe, assim, encontrar Sacrifício no fundo dq sua cova.
Remédio pede-lhe comida.
Sacrifício responde:
'Ah! Como posso eu, filho de Orunmilá, dar-lhe comida, quando há uma disputa em jogo? Tu não vês que assim causará o sucesso de Ossain, estando vivo para responder o chamado que será feito no fim dos sete dias?'
Remédio insiste e promete a Sacrifício permanecer calado quando for feito o apelo.
Sacrifício, então, dá de comer a Remédio.
E chegou o final da prova.
Os juízes chamam o filho de Ossain:
'Remédio! Remééédio! Remééééééédio!'
Eles chamam em vão. Remédio nã responde.
'Bem! Remédio está morto' - concluem eles.
Chamam depois, o filho de Orunmilá:
'Sacrifício!'
Imediatamente, escutam um forte sim.
Sacrifício está são e salvo!
Remédio sai, em seguida, igualmente vivo.
Ossain pergunta ao filho a razão do seu silêncio, quando foi chamado o seu nome.
Remédio narra o pacto feito com Sacrifício.
Comida contra silêncio!
Este pacto tornou-se provérbio:
'Sacrifício não deixa Remédio falar'.
Significando que sacrifício é mais eficaz que remédio.
Razão pela qual, Orunmilá tem uma posição mais elevada que Ossain.

Qualidades de Yemanjá

1. Yemanjá AWOYÓ:
A primogênita. A mais velha das Yemanjá e um dos mais ricos trajes; usa sete saias para dançar e defender seus filhos. Ela vive distante no mar e repousa na lagoa; come carneiro e, quando sai a passeio, usa as jóias de Olokum e coroa-se com Oxumarê, o arco-íris.
2. Yemanjá OGUNTÉ:
É a guardiã de Olokum. É a Senhora da Cor azul anil, mas tb adorna-se com verde mar e prata, está nos arrecifes da costa (porteira de Olokum). Encontra-se tanto no mar, no rio, na laguna, quanto na mata. Yemanjá Ogunté, é mulher do deus da guerra e dos ferros, OGUM ALAGBEDÉ Come (recebe sacrifícios) em sua companhia e os aceita tanto no mar quanto no matagal.Também é esposa de Oxaguiã, Usa capacete, espada alfange (espada da morte), braceletes, tornozeleiras, peitaça e um abebê, que esconde nas costas.Quando guerreia leva pendentes da cintura o facão e as demais ferramentas de Ogum. Ela trabalha muito, é severa, rancorosa e violenta. É uma temível amazona. Senhora do canto mais profundo!
3. Yemanjá MAYALEO ou MAYELEWO:
Mora nos bosques, em um pequeno poço ou manancial, que sua presença torna inesgotável. Nesse caminho, assemelha-se à sua irmã Oxum Ikolé, porque é feiticeira. Tem estreitas ligações com Ogum. Tímida e reservada, incomoda-se quando se toca o rosto de sua iaô e retira-se da festa. Tem vibrações para a coroa de Ogum e Oxóssi.
4. Yemanjá AYABÁ ou SOBÁ:
Nesta qualidade, Yemanjá é perigosíssima, sábia e muito voluntariosa. Usa no tornozelo uma corrente de prata. Numa briga com Exú, ela teve sua perna ferida, por isso suas yaôs quase se arrastam em sala, numa primeira manifestação, depois mostram toda sua dança.Seu olhar é irresistível e seu ar é altaneiro. Foi mulher de Orunmilá, e Ifá sempre acata sua palavra e em honra a tal hierárquica entidade, num xirê de Sobá, sempre entra um Oxalá.Para ouvir seus fiéis costuma ficar de costas. Suas amarrações jamais podem ser desatadas. É a senhora do algodão, todos os seus assentamentos são feitos no algodão. Suas filhas costumam ser videntes ou tem o dom da intuição. E uma filha de Sobá, inevitávelmente, trará um Oxalá, por ser ifá, descendente da linhagem de Oxalá.
5. Yemanjá KONLÉ ou KONLÁ:
A da espuma está na ressaca da maré; enreda e envolta em um mato de algas e limo. Por ser navegante, vive bem no fundo dos oceanos, também veste azul anil e cristal, não tolera mentiras, tem forte ligação a Exú e a Ogum , usa peitaça, braceletes e uma linda coroa. Também mostra aos filhos os tesouros do mar.
6. Yemanjá AKUARA Ou KAYALA:
A das duas águas – Yemanjá na confluência de um rio. Ali encontra-se com sua irmã Oxum. Mora na água doce, gosta de dançar, é alegre e muito correta; Não pratica malefícios. Cuida dos doentes, prepara remédios, amarra abicus.Usa rosa e azul.
7. Yemanjá ASSESU:
É a mensageira de Olokum, a da água turva, suja. Muito séria e trabalhadora.; vai no esgoto, nas latrinas e cloacas. Recebe suas oferendas na companhia dos mortos. É muito lenta em atender seus fiéis, pois conta meticulosamente as penas do pato a ela sacrificado, e caso se engane na conta, começa de novo e essa operação se prolonga indefinidamente.Tem ligação com OMULU, não gosta de perfume, joga-se no chão e se põe a dormir, veste o azul apagado, pálido, também usa o verde cor das algas, não gosta de adornos.
8 .YINAÉ ou MALELÉ:
É aquela que os filhos sempre serão peixes, mora nas águas mais profundas , é a Yemanjá que vira um tubarão e arrasta os infiéis para o fundo do mar, ligada a reprodução dos peixes , vem sempre a beira do mar apanhar suas oferendas . Ligada a Oxalá e Exú. Também conhecida como a Yemanjá das conchas.

Qualidades de Ayrá - Parte 2

- ANTILE
Veste branco e é ligado a YEMONJA SOBÀ e ÒSUN KARÉ. Foi êle quem carregou OSÀLÚFÓN nos ombros e tentou coloca-lo contra SÀNGÓ , dizendo que êle teria passado os sete anos na prisão por culpa de seu filho, SÀNGÓ. Por isto existe uma KIZILA entre AYRÀ e SÀNGÓ , não podendo AYRÀ ser posto em cima do pilão , pois provoca a ira de OSÀLÚFÓN. Come com ÈSÙ.
- OSUIBURU
Veste o preto e caminha nas trevas com ÈSÙ e ÉGÚN, não se raspa.
- AYRÀ AYRÀ
Come com ÒÒSÀÀLÀ e veste branco. Caminha junto com ÒGÚN JÀ, se não assenta-lo AYRÀ não caminha e a pessoa para no tempo.
- AYRÀ OCÌ
Idêntico ao AYRÀ AYRÀ, só que é calmo.
AYRÀ IBONA
É o pai do fogo. Veste branco.
- AYRÀ OMONIGI
É um AYRÀ muito quente e filho do fogo. Se provocado solta fogo pela boca. Come com ÒSUN.
- ALAMODÉ
É um AYRÀ menino. Come com YEMONJA e OSOGUIAN. ÒGÚN JÀ fica a seus pés.
- AJOSSIN
É o dono do camelo. Não tem medo da morte como SÀNGÓ de dendê. Veste branco.
- EPOMIN
Foi êle quem brigou e destronou OMOLÚ.
- ADJAOSSI
O verdadeiro esposo de OBÁ. Brigou com ÒGÚN JÀ. Veste branco. ÒGÚN JÀ fica em outro quarto.
- YIGBOMIN ou BOMIN
É bom, conselheiro, dono da verdade, reina nas águas junto com ÒSUN. Não faz nada sem perguntar a ÒÒSÀÀLÀ.
- ETINJÀ
Depende de ÒGÚN JÀ para caminhar, é guerreiro e cruel, não recusa uma batalha. Veste branco.
- YBONA
É o AYRÀ da quentura.
- DUNDUN
Identico ao OXUIBURU.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Qualidades de Oxum

1) Abae ou Mabe: Tem ligação com Yemanjá.
2) Abalu ou Abalo - A mais velha de todas, bem idosa. Tem numerosos filhos e netos. É severa e autoritária. Usa o azul-claro e é a verdadeira dona do leque e sempre se apresenta com ele. Come com Yemanjá no rio ou na lagoa. Carrega Ogum e uma Iansã. Tem ligação com Omulu e Oxossi.
3) Abomi ou Omi ou Omin ou Lomin: Um dos nomes ou qualidades de Oxum que significa 'Senhora da água'. Suas filhas têm o direito de usar o Jogo de Adivinhação com até 16 búzios. Não tem ligação com os demais Orixás. Ligação com a Angola e seu jogo de búzios. É considerada uma das mais velhas, devido ao longo tempo de culto.
4) Abotô ou Yaboto ou Boto ou Oxogbo ou Ogbo: Aspecto maduro da orisá. Feminina e coquete. Muito bonita e vaidosa. Relacionada ao parto e ao nascimento, ajuda as mulheres a terem filhos. É a origem de Oxum. Seu culto é realizado nas nascentes dos rios. É a Oxum das nascentes e dos encontros das águas doces e salgadas. Veste amarelo-ouro e azul-claro. Ela deu origem ao nome da cidade de Osogbo. Tem fundamentos com Yemanjá e Oxalá. Geralmente seus filhos são Àbìkús. Dizem ser feita no lugar de Ifá, apesar de vermos que muitos fazem no lugar de Ifá o assento de Oxum Abomi.
5) Afenir e Mileyó: Sem referencias. ..
6) Ajagura ou Ajagira: Jovem e guerreira. Pertence à nação nagô - Oyo, Pernambuco.
7) Akidã: Tem ligação com Obaluaiê.
8) Àyàlá ou Ìyánlá ou Ayla ou Yala: É a avó das Oxum. Muito poderosa e guerreira. Veste o amarelo e o azul-claro. Come com Ogum. Mora nas matas e tem caminhos com Obaluaiê. Àyàlá, que também foi esposa de Ògún Alagbdé e é conhecida como a "avó" que tocava música num fole para fazer dançar Egúngún, mantém estreita ligação com as lyámi (nossas mães queridas, as famosas feiticeiras) .
9) Aziri: Vodun correspondente aos Orixás Yemanjá e Oxum no Candomblé da Nação Jêje do Rio. Na Casa Grande de Minas no Maranhão é masculino pertencente à família da terra do Ewe Aziri, nome do pântano do Dahomey na África.
10) Deuí ou Dewá ou Ideuá: Tem ligação com Ogum. Talvez nome tirados de canções…
11) Iabomin ou Iaokin ou Labomi ou Kitolomin ou Demin: parece-nos ligadas a Angola. Não tem ligação com os demais orixás.
12) Iberin ou Merin: Feminina, coquete e muito elegante. Aspecto maduro da orisá, nessa forma não desce nas cabeças.
13) Ikole: Seu mito a liga a Iemanjá e Ode Erinlé. Transformou- se numa ave.
14) Ijimu ou Jumun ou Ygemum: É a senhora da fecundidade e do feitiço, é a velha e vira bruxa na beira do rio. Veste azul e rosa-claro. Come com Oxalá e Omolu. Não come bicho-fêmea, exceto pata. Aspecto idoso e dado às feitiçarias tem estreita ligação com Ìyámi Eleye. A Rainha e mãe de todas as Oxum.
15) Karê ou Acarê: Muito Guerreira, mas sua arma é um ofá (arco e flecha). Muito bonita, jovem, autoritária e agressiva. Veste saia branca com forro amarelo-claro. Tem fundamentos com Oxossi. Acompanha Yemanjá e Oxalá. Come na lagoa e no encontro das águas salgadas com as doces. É manca da perna esquerda e só come bichos-fêmeas. Kare é um de seus títulos, na verdade Kare tem seu próprio nome que poucos conhecem. Tem ligação com Oyá.
16) Kissimbi: nkisi ou hamba de Angola. Antigo nome correspondente a Oxum entre os negros angolanos e congos no Brasil.
17) Lobá-guerê ou Gueré: Oxum velha que dirige os trabalhos do qual o auxiliar é o Exu Laboré Fumen. Gueré quer dizer docemente ou alegremente. Tem ligação com Xangô.18) Lokun ou Pòpòlókun ou Potolokun: Conta os antigos que não vem mais. Será? É cultuada nas lagoas.
19) Miwá: Cultuada especialmente no 'Asé Ilê Opô Afonjá'. Não é propriamente uma qualidade, e sim o nome de um Orixá. Mi = diferente e Wá = ser => Ser Diferente.
20) Ninsin: Tem ligação com Nanã.
21) Odó: É a Mãe das Ancestres. É muito parecida com Yemanjá. Veste branco e azul. Come com Oxalá e Yemanjá. Senhora dos perdões. Nas nascentes dos rios reside Yèyé Odó.
22) Oga ou Oja: Enquizilada e briguenta; outra Òsun velha é Yéyé Ogá.
23) Ôkê ou Loke ou Oloko ou Lê iê Oke ou Eoquê: Apresenta-se como caçadora, mais também é muito guerreira. Vive no interior das matas ou florestas e é associada as Iyami. Veste amarelo-ouro e usa ofá, traz ainda uma espada e o abebê. Come com Oxossi e Ewá somente a caça. Foi esposa do mais velho Oxossi que existe e criou os filhos que lansã teve com seu marido, aliás, só permitia que Oyá tratasse de seus filhos quando eles adoeciam.
24) Ominibu ou Minibu: Epíteto da Osun. Tem ligação com Oyá. Carrega os apetebis.
25) Onira: Guerreira. (Na maioria dos Candomblés se referem a Oyá com essa qualidade - mais dizem que na África tinha seu próprio culto em separado, dessas Iabas).
26) Petu ou Ipetu: Aspecto maduro da orisá. É guerreira também. Cultuada nas Lagoas. Dizem não incorporar mais.
27) Ponda ou Ypondá ou Pandá: Esposa de Oxossi Ibualama. Porta um leque. É Mãe de Logun-Edé e com sua espada guerreia bravamente. Vive no mato com seu marido. Veste amarelo-ouro e azul-claro na barra da saia. Relacionada ao fogo e aos cemitérios, tem ligação com Egun. A pata é a sua maior quizila, seu bicho de fundamento é a tartaruga. É uma jovem da cidade de Iponda. Tem ligação com Ogum, Oyá, Oxossi e Oxaguiã. Come com Iyemonjá e Oxalá. Alguns dizem ser companheira de Omulu, muito feiticeira tendo ligação com o fogo.
28) Yoni ou Vinsi: Tem ligação com Ogum.
29) Timi: Tem ligação com Xangô.

Qualidades de Iansã

1) Abomi ou Bomin: Tem fundamento com Xangô e Oxum.
2) Afefe: É ela quem comanda os ventos, tem caminhos com Obaluaiê e Egun. Veste vermelho e branco, também usa coral, o chorão de seu adê é alaranjado. Afefe, o vento, a tempestade, acompanha Oyá.
3) Akaran; Tiodô; Leié e Oniacará: Só encontrada em algumas casas. Sem referencias. ..
4) Arira: uma de suas formas.
5) Bagan: Não tem cabeça. Come com Exu, Ogum e Oxossi. Tem caminhos com Egun.
6) Bagbure: Não tem fundamento com nenhum Orixá. Parece pertencer ao culto de Egunguns
7) Bamila: eró Oxalufan.
8) Biniká ou Benika: Tem fundamento com Oxum Opará.
9) Euá: Um Orixá em particular, mais que em alguns Ilês foram encontradas como forma de Oyá.
10) Filiaba: Tem fundamento com Omulu.
11) Gunán ou Gigan: Tem fundamento com Xangô.
12) Kedimolu: eró Oxumarê e/ou Omolu.
13) Kodun: eró com Oxaguiã.
14) Luo: eró ossaim; culto Nagô.
15) Maganbelle ou Agangbele: esse caminho mostra a dificuldade quanto à geração de filhos. Tem fundamento com Iroko e Xangô. Seu assentamento deve ser feito aos pés de Iroko.
16) Messan ou Yamesan: É a que foi esposa de Oxossi, meio animal e meio mulher. Só come caça com Oxossi nas matas. É a mãe dos nove filhos Oyá Mesan é um de seus epítetos.
17) Obá: Orixá independente, mais que em algumas casas foi encontrada como qualidade de Oyá.
18) Odo: Ligada às águas e apaixonada carnal, é muito louca por amor.
19) Ogaraju: É uma das mais antigas no Brasil.
20) Onira: É uma ninfa das águas doces e seu culto aqui no Brasil é confundido com o culto das outras Oyá's por ser uma grande guerreira. É saudada como Oyá, sendo seu culto na África totalmente diferente. Tem ligação com o culto a Egun. Tem grande ligação com Oxum, pois foi ela quem ensinou Oxum Opara a lutar. É muito perigosa por sua ligação e caminhos com Oxaguiã, Ogum e Obaluaiê. Veste coral e amarelo. É Rainha da cidade de Ira (filha ou mulher de Sàngó). "Onirá" na África é um título de Oiá, significando "Senhora da Cidade de Irá".
21) Onisoni: Tem fundamento com Omulu.
22) Petu: Nesse aspecto ela convive com Sàngó. Ligada aos ventos e as árvores. Vem sempre antes de Xangô, anunciando a sua chegada.
23) Semi: Tem fundamento com Obaluaiê.
24) Seno ou Ceno: Tem fundamento com Oxumarê.
25) Sinsirá: Tem fundamento com Obaluaiê.
26) Sire: Tem fundamentos com Ossaim e Ayrá.
27) Yapopo: Tem fundamento com Obaluaiê.
28) Tope ou Yatopé ou Tupé: Tem ligação com Xangô e veste-se de branco. Tem fundamento com Ogum e Exu.
29) Gbale ou Igbalé ou Balé (aquela que retorna a terra):É a Deusa dos mortos. É Ligada diretamente ao culto de Egun, por isso é a senhora dos cemitérios. Tem pleno domínio sobre os mortos, trazendo consigo uma falange de Egun que ela controla, pois todos temem seu poder. O culto a Egun nasceu nas mãos de igbalé quando ela fora buscar uma substancia que permitia a Xangô soltar fogo pelas narinas. Oyá ficou sabendo que o povo Tapa iria invadir a cidade de Baribas, então forrou na beira de um rio um pedaço de pano vermelho, colocou algumas cabaças, evocou os mortos e aquele pano tomou vida e saiu voando na direção dos inimigos, colocando-os para correrem apavorados. Devido a sua ligação com Egun é proibido vesti-la de vermelho, sua vestimenta é branca. Subdividem-se em:
a) Gbale Adagangbará: Tem fundamento com Exu.
b) Gbale Afakarebó ou Fakarebô: Não é feita em seus eleitos. É a verdadeira dona do ebó, é a ela que é entregue todos os ebó's. Seus caminhos levam diretamente a Exu e Egun. Seus rituais são todos feitos no murim, cabaças e porrões.
c) Ate Oju: Orisá Igbalé aspecto difícil de Oyá quando caminha com Nanã.
d) Gbale De: não temos referências.. .
e) Egunitá: Orisá Igbalé. (Igbalé são as Oyá's das almas, também conhecidas como Iansã de Balé). Egunitá é ligada ao culto dos Eguns. Seu fundamento é mais forte. É a senhora que caminha com os mortos.
f) Igbalé Fuman: (Afefe Yku Funan: A Senhora do Fogo e dos ventos da Morte). Caminha com Ogum e Obaluaiê. Tem caminhos também com Egun e Ikú. Veste branco e pode usar azul-claro.
g) Gbale Furé: Usa uma foice na mão esquerda e um eruexim na direita. Veste branco e por cima das vestes a palha da costa. Dança como se estivesse carregando na cabeça uma enorme cabaça. Em suas vestes são penduradas pequenas cabaças, no tornozelo direito uma pulseira de aço. Tem ligação direta com o culto aos Eguns. Preside a vida e a morte.
h) Gbale Guere ou Logunere: uma de suas formas. Tem forte fundamento com Ogum e Omulu.
i) Gbale Lario:
j) Lesseyen = uma das Igbalé que mora no próprio Lesseyen.
k) Gbale Min:
l) Gbale Toning be.

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